22 de out. de 2011

epifania






Continua chovendo lá fora. Olhar para o céu é se sentir a um passo (ou um toque) de um mundo prestes a se romper em milhares de micro fragmentos. Seria bonito ver e sentir milhares de pedacinhos de nuvem caindo sobre nossas cabeças, não é? Milhares de pedacinhos de um azul intenso bailando ao nosso redor..  Imagino que até você, sempre tão sério, voltaria a ser criança no segundo em que a primeira nuvem alada desaprendesse a voar. Acho que sonhei com algo assim quando era pequena e, desde então, sempre que chove, penso num mundo que morre. Mas não é uma morte triste ou ruim. É apenas um desabamento indolor do céu, a união das extremidades: do perfeito com o imperfeito. Na verdade, gosto ainda mais de pensar na dissolução.. Um mundo inteiro que derrete e perde as formas bem de va gar.




Escrito por misteriosa d.
No blog de lindas palavras paris 1907 ( por que paris 1907? )

6 de out. de 2011

Da poesia que nasce...


A poesia é como uma flor
Aperta-se através dos recônditos da dor
Alimenta-se do fel da alma

Respira a falta de oxigênio do incômodo
Atira-se pela pele quebradiça do coração
E nasce, 
por fim surge como um broto
verde, vistoso e perfumado
Enfeita-se para mostrar a magia que lhe faltou enquanto crescia

O artista se chama Ken Wong